sábado, fevereiro 21, 2009

O vendedor de sorrisos

Cinco da tarde...
O telefone toca e ela atende, do outro lado houve a voz dum amigo virtual, do qual ela simpatiza muito. Ele sentiu na voz dela uma tristeza e perguntou o que se passava!!! Ela não queria estar só, o desgosto de um amor lhe invadiu o coração...
Mesmo estando a 80 km de distancia ela arriscou e lhe convidou a jantar, a resposta foi sim.
Tinha hora e meia para se arranjar e estar com a pessoa que simpatizava, mas não o conhecia pessoalmente...
Olha o relógio e são oito horas, ele deve tar a chegar, tava nervosa e tremula, pois ele iria conhecer numa altura em que estava muito fragil, mas talvez fosse bom pois poderia me animar um pouco...
Ao fundo do corredor vejo um homem a vir em mimha direcção... Era ele!! minhas mãos estavam tremulas, cumprimentamos com um beijo e seguimos para restaurante...
Jantamos e no meio do jantar ele me tentava fazer sorrir, não seria por acaso que o conheci no msn por alcunha de vendedor de sorrisos, sabia que eu estava a sofrer e dei por mim a lhe contar o meu sofrimento, desgosto de amor que acabou sem eu saber o porque...
Aos poucos sentia-me mais relaxada e a vontade com ele. Saimos do restaurante e fomos para um bar. Havia musica romantica e o ambiente tornou-se agradavel... Já tinha bebido duas caipirinhas e ele aguá, tinha noção da responzabilidade que ainda teria que fazer os 80 km e tambem queria ta atento a todos os meus desabafos...
Chegou a hora de irmos embora e ai perdi o controle e meus olhos ficaram alagados de lagrimas...
Ele meigamente pegou no meu rosto e beijou minhas lagrimas. Naquele innstante senti que não queria tar sozinha nessa noite e precisava dum amigo para poder me enxugar as tantas lagrimas que por mim corriam rosto abaixo. Saimos do bar e no carro me perguntou se era mesmo aquilo que eu queria... A resposta foi só uma!!! Neste momento sei aquilo que não quero, e tar sozinha é uma delas. Seguimos viagem e a mão dele permaneceu na minha, enquanto eu com olhos fechados sentia-me fragil e sozinha...
Chegamos ao hotel e senti um alivio quando vi no quarto duas camas. Não queria estar sozinha mas tambem não queria dormi com homem na mesma cama.Tudo foi normal até as 3 da manha, aonde em intervalos ele sentia meu gemido e varias vezes me virava na cama e as lagrimas corriam...
Meu corpo tremia!! Senti ele se aproximar de mim e perguntar se estava bem. Respondi que não e ao mesmo tempo pedi-lhe...ABRAÇA-ME!!..
Tinha frio e precisava sentir o calor humano, talvez para esquecer tanta magoa e tristeza trazia dentro de mim. Dei por mim nos braços dele e as mãos dele apertavam a minha cintura, sentia-me envolvida no carinho e protecção que ele me transmitia. Beijamo-nos e nossas caricias eram mutuas!!
Sentimos sede de amar e ali naquele momento se desenrolaram horas de paixão e loucura. De tudo ou nada, mas sem perguntas ou respostas, apenas desejo de nos termos um ao outro...
Foi uma noite longa de desejo e sofrimento... Oito da manha e ele se levanta em bicos de pé... não queria acordar-me mas eu ja o sentia... Tomou banho e veio ao meu encontro na cama e me perguntou como estava, pois sabia que tinha tido uma noite de luta contra sentimentos e ressentimentos... Notei no olhar dele, preocupação e olheiras de quem não dormiu e sim permaneceu acordado a velar pelo meu sono....
Saimos do hotel em silencio e assim permanecemos quase até casa... Quase de espontaneo falamos ao mesmo tempo como seria o nosso proximo encontro, se é que haveria... O silencio continuou e num olhas de olhos nossas mãos se uniram e a parti dai sabiamos que queriamos nos tornar a ver-nos...

No fim desta história não poderia deixar de ficar aqui escrito, o porque DO VENDEDOR DOS SORRISOS...


Nas ilusorias alegrias o medo a tristeza, a angustia as contradiçoes alimentam os dias cinzentos de uma sociedade em que o rosto cicratizados procuram um vendedor de SORRISOS.
No vácuo do tempo procuramos as alegrias nas representações dos palhaços do circo no palco da vida. Andamos fragilmente de olhos caidos, de bocas coladas, com almas cansadas dia a dia.
Vivemos na margem do esgotamento a deriva dos caminhos incertos, esperando encontrar, UM VENDEDOR DE SORRISOS...
Tudo isto foi escrito naqueles dias em que ele tb se sentiu só como eu me senti...


1 comentário:

  1. Quando a ficção pode ser realidade .
    Concretizada e concebida, mas com um amor realista.

    Beijos e abraços

    V. de S.

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